Em 20 de dezembro de 1971, um grupo de doutores franceses fundou “Médicos sem fronteiras” a primeira organização civil não governamental especializada em assistência médica de emergência em qualquer lugar do mundo sem discriminação de raça, religião, política, ou sexo. Sua prioridade é a saúde, mas onde vai atua promovendo o bem comum e conscientizando as pessoas que ajuda em situações difíceis, desumanas. Tem clara percepção do papel da mídia e procura tornar públicas as dificuldades da população que assiste, através da organização de manifestações e em casos extremos, de denúncias públicas.A organização está presente em mais de 80 países da África, Europa, Ásia e América, providenciando inclusive quando necessário, treinamento e formação de pessoal para atender locais distantes de centros populacionais. O MSF atua tanto em situações emergenciais – epidemias, catástrofes naturais e conflitos – como em contextos estáveis onde a situação de exclusão social esteja presente.,
A epidemia de cólera na Amazônia, em 1991, trouxe o MSF para o Brasil, onde atua desde então nas comunidades carentes em projetos de desenvolvimento de médio prazo. Procura ser um catalizador de mudança social, através de ações que garantam a sustentabilidade de seus projetos. Abre um canal de comunicação entre a população desassistida e o governo, para reafirmar o compromisso do Estado em atender às necessidades dessas populações. Além de aliviar o sofrimento e proteger a vida humana , o MSF objetiva reassegurar aos grupos o respeito aos seus direitos fundamentais, envolvendo a população assistida de tal maneira que ela mesma se organize para lutar por esses direitos.
O MSF recebeu, em 1999 o Prêmio Nobel da Paz. O valor do prêmio ( dez milhões de coroas suecas ) foi doado às regiões mais carentes.
( Nelly Barros )